E mais uma vez eu aqui,  estudando uma nova  vítima; dessa  vez  já  tenho traçado o caminho…  e as lembranças  que me batem  e me fazem lembrar  de cada momento,  cada lágrima que derramei  por causa de um amor infantil,  ou melhor, uma ilusão.       

                     

Caminhava  aquela ‘’doce’’ criança  no pátio da escola, até o momento em que ela passa por seu amado  de infância, Christopher,  filho de um dos maiores políticos  e o mais bem sucedido, que jamais olharia para quela simples  garotinha,  filha de um alcoólatra.

 

–- Elena?

–- Sim , se lembra de  mim? Nossa... você nem imagina como pode me fazer ‘’feliz’’   saber que  lembra de mim.

–- O que faz aqui?  Dentro de minha casa, como conseguiu entrar?

Neste momento,  a porta se abriu e entrou no quarto uma bela moça.

–- Quem é você? Meu bem, quem é essa mulherzinha? — indagou Nicole.

–- Nick? não se lembra de mim? Essa mulherzinha se chama Elena.

–- Eleena? O que está fazendo aqui? — gritou Nicole .

–- Eu só vim fazer uma visitinha; faz tanto tempo em que não nos vemos. Lembra daquele dia em que vocês dois me humilharam na frente de toda a classe? Foi tão ruim, mas não me importo, por que esta palavra ‘’ruim’’ não chega nem perto do que eu sou.

 

Todos  os alunos  rindo e olhando para mim e passando um papel  de mão em mão. Até o momento, eu não sabia do que se tratava, quando Christopher veio  em minha direção.

“Papai alcoólatra. Doeu muito?”  Ele passou aquele papel para mim no momento em que via  a foto de meu pai me me espancando, bêbado.  Aquilo foi como se tivessem  arrancando  todas as minhas forças.

 

O ódio foi tomando conta cada vez mais;  a cada mês que se passava,  os dois viviam a me humilhar.

 

Já estava tudo planejado: peguei aquela lâmina  e fui caminhando em direção a Christopher. Passei a faca em seu pescoço, delicadamente. O sangue escorria pelas minhas mãos. Nicole, desesperada,  tentou fugir  mas não conseguiu .  Ela ainda era aquela menininha lenta que não se dava  bem nas aulas de educação física. Cortar-lhe a garganta foi ainda mais fácil. Para terminar, minha assinatura: a inicial do meu nome em seu calcanhar.