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Meu Doce Demônio

"Se eu me permitir sentir alguma coisa, tudo que eu sinto é dor." (TDV)

 

Eu caminhava lentamente entre as celas, procurando Hipster, meu psiquiatra, enquanto me lembrava de como tudo começara.

 

Meu pai chegou de madrugada, bêbado como sempre, mas daquela vez foi diferente. Foi ao meu quarto, me obrigou a levantar e, eu, que estava desesperada, pedi para que não me machucasse. Ele ficou furioso, me pegou pelos cabelos, arrastou-me pela casa, jogando-me no carro.

Dirigia como um louco, eu apenas me encolhia contra o banco, esperando pelo pior. Eu já sabia o que ia acontecer.

 

"O plano está montado... Eu tenho que sair deste inferno", este era meu pensamento enquanto andávamos em direção ao consultório psiquiátrico.

 

Estava destruída, era sempre assim, eu odiava minha vida, sentia nojo de mim. Humilhação... 

 

Hipster estava sentado em sua poltrona marrom, como de costume. Seu sorriso me dava náuseas, batucava em seu caderninho com uma caneta rosa escrito “Sweet love”.

Hoje não há escapatória. Hipster acha que minha vida é um livro aberto...Ou eu conto ou vou para a solitária. Não só preciso... como eu quero tomar banho!

 

Naquele momento morri por causa da dor imensa que estava sentindo; mas, maior que a dor que estava sentindo era a sede de vingança e o meu ódio por tudo aquilo que estava acontecendo.

Minha mãe era uma prostituta, meu pai era um alcoólatra. Eu sou o fruto de um de seus “trabalhos”. Meu pai é o dono de uma boate de Stripper; juntaram o útil ao agradável, e, assim que completei idade “suficiente”, tive que seguir o ramo da família.

 

Assim que completei quatorze anos, matei meus pais, o alívio tomou conta do meu ser...Então decidi que viraria a defensora dos pobres e oprimidos. Sou uma deusa...nem sei o motivo de estar nessa prisão, afinal, poderia estar salvando as pessoas da escuridão.

 

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